Seminário do MinC discute a relação entre cultura e justiça climática

Evento reunirá mestras e mestres, gestores públicos e pesquisadores do Brasil, Peru, Paraguai, Uganda, Cabo Verde e Austrália
Entre os dias 17 e 20 de setembro, o Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural (SCDC), promove o Seminário Internacional Culturas Tradicionais e Populares e Justiça Climática: Diálogos Globais, Conhecimentos Locais. O evento ocorre dentro da programação do 25º Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros.
A abertura oficial do seminário será em Brasília, no dia 17, às 9h, na Sala Martins Pena do Teatro Nacional Cláudio Santoro, com a participação da ministra da Cultura, Margareth Menezes, da Secretária de Cidadania e Diversidade, Márcia Rollemberg, e conferência com Ana Mumbuca. Os demais dias da programação serão concentrados na Vila de São Jorge, na Chapada dos Veadeiros (GO), com painéis, rodas de conhecimento e de prosa, oficinas, feiras, exposições e manifestações culturais.
O evento vai reunir mestras e mestres, gestores públicos e pesquisadores do Brasil e de países como Peru, Paraguai, Uganda, Cabo Verde e Austrália. O objetivo é promover um espaço de diálogo e troca de conhecimentos sobre as intersecções entre as culturas tradicionais, a justiça climática e os desafios globais enfrentados na atualidade.
“É urgente integrar a cultura no combate às mudanças climáticas, utilizando-a como ferramenta para conscientização e mudança de comportamento. E os saberes, tradições, expressões e manifestações culturais populares têm muito a nos ensinar sobre sustentabilidade, maneiras de existir e de navegar nesse mundo”, afirma a ministra Margareth Menezes.
Para a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural, Márcia Rollemberg, o debate proposto pelo seminário é essencial para o Brasil, especialmente tendo em vista a realização da COP 30, em novembro. “Teremos um grande encontro sobre a relação entre cultura e justiça climática, garantindo que os povos e comunidades tradicionais sejam protagonistas e possam nos ajudar a trilhar os caminhos mais efetivos para a conquista de mundo sustentável e justo para todos.”
“Ao debatermos os desafios globais e as contribuições das comunidades que habitam e protegem nossos territórios, estamos lançando as bases para uma política nacional inclusiva que não apenas combate o racismo ambiental, mas também enfrenta as desigualdades sociais”, acrescenta o diretor de Culturas Tradicionais e Populares, Tião Soares.
Os interessados em participar das atividades deverão se inscrever até 8 de setembro, neste link.
O Seminário Internacional Culturas Tradicionais e Populares e Justiça Climática é uma realização do MinC em parceria com o Instituto Federal do Rio Grande do Norte. Conta com o apoio da Casa Cavaleiro de Jorge, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Caixa Econômica Federal.
SERVIÇO
Seminário Internacional Culturas Tradicionais e Populares e Justiça Climática: Diálogos Globais, Conhecimentos Locais
Data: 17 a 20 de setembro de 2025
Local: Sala Martins Pena do Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília, e Centro Cultural Cavaleiro de Jorge, na Rua Bacupari, Lote 19, Quadra 4, Vila de São Jorge, Alto Paraíso (GO).
40 anos do Encontro Popular de Cultura

Em 2025, o Encontro Popular de Cultura de Minas Gerais (EPC-MG) completa quatro décadas desde sua primeira realização, em 1985. Para marcar esta data histórica, será lançado o projeto “Encontro Popular de Cultura – 40 anos do EPC”, no próximo dia 11 de setembro, às 15h, no Auditório do CRP-MG (Rua Timbiras, 1532, 6º andar, Lourdes, Belo Horizonte/MG).
O EPC-MG se consolidou como um movimento fundamental para a diversidade cultural mineira e para a construção de políticas públicas de cultura no estado de Minas Gerais e no Brasil.
O movimento se desenvolveu durante o período de redemocratização do país, composto por encontros onde reuniram redes de diferentes seguimentos da sociedade civil, ativistas, agentes culturais, promovendo diálogos, reflexões e reivindicações que resultaram na criação de secretarias de cultura e no fortalecimento de sistemas culturais em Minas Gerais e no Brasil, a partir da memória social que foi sendo construída de forma colaborativa durante os encontros nas décadas de 80 e anos 90.
O projeto comemorativo tem como objetivo preservar, registrar e difundir a memória histórica desses encontros, destacando sua relevância no cenário cultural e político nacional. Também busca disponibilizar ao público documentos, registros e reflexões sobre esse movimento – ainda pouco acessíveis, especialmente nos meios digitais. O evento de lançamento será um espaço de memória, resistência e valorização da cultura popular, reunindo trajetórias que marcaram estas quatro décadas de história e reafirmando a importância dos Encontros Populares de Cultura para a construção da cidadania cultural no país.
Evento: Lançamento do Projeto “Encontro Popular de Cultura – 40 anos do EPC”
Data: 11 de setembro de 2025.
Horário das 15h às 17h. PRESENÇAS CONFIRMADAS: Cantora TITANE, Poeta Rogério Salgado,
Pereira da Viola, Clair Benfica (Izinho), Deolinda da Comissão Mineira de Folclore (CMFL) e da
Comissão Ouro-pretana de Folclore.
Local: Auditório do CRP-MG – Rua Timbiras, 1532, 6º andar, Lourdes, Belo Horizonte/MG.
Sujeito à lotação. Entrada gratuita!
Evento será transmitido ao vivo pelo canal YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=yHiOFSMZpNg
Mais informações: encontropopulardecultura@gmail.com
https://www.instagram.com/encontropopulardecultura/?igsh=ZXRiOWR1dWdyYWkx#
https://pt.wikipedia.org/wiki/Encontro_Popular_de_Cultura
58ª Semana Mineira de Folclore celebra a cultura popular em Belo Horizonte
De 18 a 21 de agosto, Belo Horizonte recebe a 58ª Semana Mineira de Folclore, evento que reúne pesquisadores, mestres da cultura popular, artistas e instituições para celebrar e refletir sobre as tradições e expressões culturais de Minas Gerais. A programação acontece no Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG) e em espaços parceiros, com entrada gratuita.
A solenidade de abertura será na segunda-feira (18), às 19h20, com apresentação da programação oficial, assinatura de termo de cooperação entre o Iepha-MG e a Comissão Mineira de Folclore, entrega das Coroas do Rosário de Vespasiano ao Iepha e o lançamento do Boletim Informativo CARRANCA. A noite se encerra com a apresentação do Grupo Aruanda.
Nos dias seguintes, o público poderá participar de painéis de pesquisa, lançamentos de livros, homenagens e apresentações artísticas. Entre os destaques estão:
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19/08 (terça) – Painel “Jornada do Folclore: cultura popular, patrimônio e sentido de pertencer” com a Profª Kerley dos Santos Alves e “Coexistências festivas e Festival de Folclore de Jequitibá/MG” com Ana Luiza Cecílio. A noite inclui homenagem ao Mestre Antonio Paiva Moura e show de Carlos Farias.
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20/08 (quarta) – Lançamento e apresentação de publicações como O livro do Congadeiro – Os filhos de Chico Rei (Andréia Patrícia), Festejos Tradicionais Mineiros (Deolinda Alice dos Santos) e obras de Daniel de Lima Magalhães. Painéis sobre viola e folias de Minas, bate-papo com autores Mauro Werkema e Tadeu Martins, além do show de Rubinho do Vale.
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21/08 (quinta) – Painéis sobre o Rosário, Santos Reis e a memória dos acervos da Comissão Mineira de Folclore. Destaque para o debate “Reflexões sobre Modernidade, Inteligência Artificial e Tradição Cultural”, com o lançamento do livro Inteligência Artificial na Saúde Mental do Idoso (Vincius Cabral) e convidados. Encerramento com o Grupo Batuque Latino.
A Semana Mineira de Folclore é um espaço de valorização, preservação e difusão do patrimônio imaterial mineiro, reunindo saberes tradicionais e debates contemporâneos.
Serviço:
18 a 21 de agosto de 2025
Iepha-MG – Belo Horizonte/MG
Entrada gratuita
Programação completa disponível nos canais oficiais da Comissão Mineira de Folclore e do Iepha-MG.
Promoção: Comissão Mineira de Folclore. Parceria: Iepha-MG
Realizado com recursos: PNAB / SECULT MG
PROJETO – ID: 12805 – 58º SEMANA MINEIRA DE FOLCLORE
EDITAL 11/2024 -POLÍTICA NACIONAL ALDIR BLANC – PROPOSTA DE MOSTRAS E FESTIVAIS
Mostra CineCidade chega à terceira edição
3ª edição da Mostra CineCidade valoriza filmes de produtores mineiras Festival itinerante passa pelas praças de Ipatinga e no Parque Ipanema em agosto, com exibição de filmes nacionais e atrações culturais para crianças e adultos
A Mostra CineCidade estreia sua terceira edição em Ipatinga, de 1º a 15 de agosto. Com programação aberta para toda comunidade, o festival de cinema proporciona uma experiência de cinema ao ar livre, com direito a pipoca grátis, além de atrações culturais gratuitas, para crianças e adultos. O projeto é realizado com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Usiminas; e Lei Paulo Gustavo operacionalizado pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Turismo; com a realização da Aventura em parceria com o Instituto Imersão Latina.
A programação já está disponível no site e no perfil do Instagram @mostracinecidade e no site mostracinecidade.com.br. De Minas Gerais para as telas de cinema do mundo inteiro e, agora, para a da Mostra CineCidade, longas-metragens produzidos por produtoras mineiras, com relevância no cenário do audiovisual brasileiro, terão destaque nesta edição do festival. “A CineCidade segue com a missão de valorizar a produção nacional, especialmente feitos em Minas, como fomento para incentivar a comunidade a ter o hábito de consumir o cinema que retrata nossa realidade, nosso povo, sobre a nossa cultura”, enfatiza Anaís Della Croce e Gabriel Murilo, diretores da Aventura.
Circulação A Mostra CineCidade começa pela Praça Bom Retiro Leste, nos dias 1º e 2/8. Com uma programação direcionada para público jovem e adulto, o “Sextou Cine na Praça”, será na próxima sexta (1º/8), às 19h, com a
exibição dos filmes “Só mais um dia” (do Coletivo Pisquinhos) e “O dia que te conheci” (direção de André Novais Oliveira). No sábado (2/8), às 16h30, a “Sessão Família Pipoca” traz filmes infantis do Pé de Sonho “Medo de quê?”, “Robo” e “Dragão”, encerrando com o longa “Perlimps” (direção de Alê Abreu). No fim de semana seguinte, o festival de cinema chega ao bairro Novo Cruzeiro, com o “Sextou Cine na Praça”, na sexta (8/8), às 19h. A tela começa a brilhar com o curta “Tempo” (Vitor Siqueira com orientação de Mariana Andrade e Clarissa Campolina), e termina com o longa premiado “O Lodo” (direção de Helvécio Ratton). No sábado, a criançada se diverte na “Sessão Família Pipoca”, com o filme “A Formidável Fabriqueta de Sonhos Menina Betina” (direção de Tiago Ribeiro) e “Teca e Tuti: Uma noite na biblioteca” (direção Tiago M. A. Lima, Eduardo Perdido, Diego M. Doimo).
Principal cartão postal de Ipatinga, o Parque Ipanema recebe a Mostra CineCidade na última parada desta edição, nos dias 14 e 15/8. Na quinta (14/8), às 19h, o festival começa com os curtas “Hoje eu não quero voltar sozinho” (direção de Daniel Ribeiro) e “Caminho dos Gigantes” (direção de Alois Di Leo). A sessão noturna do Parque Ipanema tem também o longa “No coração do mundo” (direção de Maurílio Martins, Gabriel Martins) e o show da Banda Jazz Fusion. No feriado do dia 15/8 (sexta), a CineCidade movimenta o Parque Ipanema a partir das 15h, com a chegada do cortejo Baque Mulher, seguido dos shows dos DJs Illanes e Myha. A diversão para as crianças e suas famílias continua com o espetáculo “Música para brincar”, de O Quintal da Guegué. A
A sessão noturna de cinema será às 18h, com a exibição de “Canguruzinho” (direção de Giuliana Danza e Pedro Hamdan) e “Ainbo” (direção de José Zelada e Richard Claus), terminando com show do duo ipatinguense Jazz Fusion. SERVIÇO Mostra CineCidade – Ipatinga 1 a 15 de agosto – Entrada franca 1º/8, às 19h, e 2/8, às 17h – Praça Bom Retiro Leste 8/8, às 19h, e 9/8, 17h – Gramado Novo Cruzeiro 14/8, às 19h, e 15/8, às 15h – Parque Ipanema A programação já está disponível no site e no perfil do Instagram @mostracinecidade e no site mostracinecidade.com.br.
22ª Edição do Rato and Roll Favela festival é neste sábado no bairro São Tomás

O Maior Festival de Rock Independente da Periferia de Belo Horizonte será no dia 19 de julho de 2025 no bairro São Tomás
A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, apresenta Rato and Roll Favela Festival 22ª Edição, que será no dia 19 de julho de 2025, a partir das 12 horas, na Vila São Tomás. Desde 2010 realizado de forma independente, desta vez por meio do EDITAL LMIC 2024, MULTILINGUAGENS, FUNDO MUNICIPAL DE CULTURA.Os organizadores contam com apoio para trazer bandas que têm se destacado no cenário de Belo Horizonte.O Rato and Roll Favela Festival traz o melhor do Rock and Roll & Blues com cinco bandas de diferentes vertentes do rock, do blues, soul, jazz, progressivo, metal, stoner e hard rock: Lorena Divas do Rock, Sin after sin, Voodoo Experience, Toca Raul e Witchhammer.
O evento leva arte e cultura para a comunidade da Vila São Tomás, Zona Norte de Belo Horizonte, que carece de áreas de lazer e de um centro cultural próximo. Os shows também serão transmitidos pelo youtube e através do Canal SLCP. O Festival, idealizado por Elmo Sebastião, O Maior Anão do Mundo, ao longo da sua existência, foi um recorte do melhor da cena musical alternativa belo-horizontina, realizado em local público, de fácil acesso às pessoas com limitações aparentes ou não aparentes, (Rua São Luis, entre Rua Maria Cândida e Rua Barão de Coromandel, no Bairro São Tomás, Regional Norte de Belo Horizonte), com apresentação de bandas ao vivo e média de público de dois mil espectadores.
Com a finalidade de promover o acesso, a fruição e a formação de público em Belo Horizonte, mais do que apresentações musicais, o festival incentiva as trocas de saberes entre os integrantes das bandas e o público, composto também de artistas, onde haverá a exposição de artes plásticas com artistas locais previamente selecionados; a exposição fotográfica com imagens captadas nas edições anteriores da festividade que todo ano celebra o dia mundial do Rock and Roll em julho. A importância do projeto Rato and Roll Favela Festival – 22ª edição – é proporcionar a continuidade das ações que visam formar público e fomentar a produção artística autoral e independente da cena musical mineira. A busca é pela visibilidade ampliada tanto para as bandas quanto à produção do próprio festival, tendo como meta a consolidação do evento como uma alternativa da cadeia produtiva musical, acessível, democrática e solidária. A motivação para a existência do festival deriva de uma análise crítica sobre a distribuição desigual de bens e serviços culturais na cidade.
A constatação de um vácuo na cena musical belo-horizontina, especialmente para o público jovem da periferia, impulsionou a concepção do Rato and Roll Favela Festival como parte integrante da política pública cultural da cidade. Este evento busca suprir a falta de propostas culturais de qualidade para o jovem dessa região, muitas vezes obrigado a buscar cultura em locais distantes. O festival tem um importante papel na promoção da cultura local e na democratização do acesso à arte e à música. Ao ser realizado na periferia, contribui para a descentralização e democratização cultural, proporcionando acesso, fruição e formação de público em um ambiente que historicamente tem sido marginalizado no âmbito cultural. A 22ª edição do Rato and Roll Favela Festival, baseia-se na experiência acumulada ao longo das edições anteriores e em outros trabalhos de promoção de culturas alternativas.
A intenção é aplicar esse conhecimento prático na produção de um evento multicultural que contribua para a descentralização e democratização do acesso à cultura dentro do espaço urbano. Além da valorização da produção artística local, o festival tem atividades paralelas, como exposição fotográfica com fotografias das edições anteriores do festival, resgatando esta memória cultural do Rato and Roll.
Sobre a Vila São Tomás
Localizada na Regional Norte de Belo Horizonte, na bacia do Córrego Pampulha, que deságua no Ribeirão do Onça, ao Leste da Represa e ao Norte do Aeroporto da Pampulha. Os bairros vizinhos da Vila, são: Itapoã, São Vicente, Vila Aeroporto, São Bernardo e Planalto. A Vila Aeroporto comunica-se com a Vila São Tomás através de pontes. Os primeiros moradores da comunidade se instalaram na área em meados da década de 1950, mas a vila se desenvolveu principalmente na década de 60. Os moradores vieram de outras localidades da cidade, ou de cidades do interior do estado, principalmente Vale do Jequitinhonha, Vale do Aço, Vale do Rio Doce e Norte de Minas. Os moradores mais antigos contam que na época a região era “mato puro”, com poucas casas de sapé, e que as pessoas pegavam água na “Matinha”, hoje Lagoa do Nado. Muitos deles furavam cisternas, como contou Dona Eva Alves, moradora da comunidade há 46 anos e que conserva até hoje a cisterna no seu quintal. Os moradores buscavam lenha para cozinhar nas matas dos arredores e lavavam as roupas no Córrego Pampulha, pois na época a água era limpa e permitia até a pesca. Na década de 1960, as famílias ocupantes enfrentaram ameaças de expulsão, em decorrência de ação judicial impetrada pelos proprietários, reivindicando a reintegração de posse dos terrenos. Há inclusive registro do uso de força policial, que resultou na retirada de algumas famílias. Fonte: https://www.favelaeissoai.com.br
Bandas Integrantes do Rato and Roll Favela Festival – 22ª Edição
Lorena e as Divas do Rock
Integrantes: Lorena: voz e baixo Cris Nominato: guitarra Letícia Damaris: guitarra e backing vocal Lu Corrêa: bateria e backing vocal
Sin After SinFormada por músicos experientes e apaixonados pelo gênero, “Sin After Sin” procura se destacar na cena local com sua energia inabalável e performances eletrizantes. Inspirados pelas lendas do thrash Metal e pela atmosfera única de Belo Horizonte, o grupo vem aos poucos construindo uma identidade sonora própria e sempre procurando aliar peso e agressividade às composições, com músicas que abordam temas que vão desde lutas internas até críticas sociais.
Integrantes: Elvis Dias – vocal Elimar ‘Trolha’ Rezende – guitarra Pablo Henrick – contra-baixo Carlos Coelho – bateria
Voodoo Experience
Tributo a Jimi Hendrix Um quarteto de músicos experientes que agrupam toda energia sonora de seus instrumentos para reproduzir versões eletrizantes de canções do mestre da guitarra Jimi Hendrix. Um tributo não somente à Hendrix, mas uma celebração do bom e velho Rock and Roll.
Integrantes: Rodrigo Silva – Vocal Ed Bonfim – Guitarra/Vocal Fred Stefani – Baixo/Vocal Jampa Silva – Bateria
Toca Raul
A banda faz um show eletrizante passando por diversas fases do Maluco Beleza, Raul Seixas, do lado A ao Z. Com uma pegada visceral, os músicos interpretam os clássicos inesquecíveis de Dom Raulzito.Integrantes: Saulo Fergo – voz,guitarra e violão; Alexandre da Mata – voz e guitarra; Cinara Mota – baixo; Bruno Aguiar – bateria.OBS: No Rato’n'roll, por motivo de compromisso anteriormente firmado pelos músicos Alexandre da Mata e Cinara Mota, os mesmos serão substituídos por: Léo Quintão – baixo; Charles Rocha- Guitarra e voz.
Witchhammer
Tudo começou em Belo Horizonte, no ano de 1986, quando os quatro amigos Casito, Paulinho, Leandro e Teddy resolveram unir esforços e formar o Witchhammer. Todos tinham em comum o gosto pela música pesada e agressiva, que começava a se consolidar em Minas Gerais. O Witchhammer tem orgulho de fazer parte da cena da música pesada independente mineira, os “caminhos do underground”, buscando sempre soluções mais sustentáveis para sua sobrevivência, criando redes e eliminando a dependência de diferentes indústrias para terceirizarem parte de seu trabalho.
Integrantes: Casito Luz (baixo e vocal Paulo Caetano (guitarra e vocal) Guilherme Amaral (guitarra) Larissa Alencar (Vocal) Alysson Avelar (bateria)
Instagram: @ratoandroll
Assessoria de Comunicação: Brenda Marques Pena / Instituto Imersão Latina
A conselheira do Imel Ana Fleck é a nova presidente do Comitê de Participação Social, Diversidade e Inclusão da EBC
Os dois comitês que compõem o Sistema Nacional de Participação Social na Comunicação Pública (SINPAS) escolheram seus presidentes esta semana. Tanto o Comitê Editorial e de Programação (COMEP) quanto o Comitê de Participação Social, Diversidade e Inclusão (CPADI) realizaram reuniões virtuais em que foram escolhidos os membros que assumirão a presidência durante o período de um ano.
No CPADI, foi escolhida Ana Fleck, do Instituto Imersão Latina (Imel). No COMEP, a presidência será de Pedro Rafael Vilela, que representa o Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC). Além da definição das presidências, as duas reuniões extraordinárias dos dias 8 e 9 de julho também deram posse aos membros titulares e suplentes.
“Chegamos até aqui como resultado de um movimento de resistência que sempre acreditou no papel da comunicação pública para a democracia e na importância da participação social para sua viabilização. Agora precisamos construir os alicerces do comitê e consolidar o Sistema Nacional de Participação Social na Comunicação Pública (SINPAS)”, afirma Ana Fleck, que anteriormente presidiu o então Conselho Curador da EBC – Empresa Brasileira de Comunicação.
“A instalação efetiva dos comitês abre um novo capítulo histórico na comunicação pública brasileira. Esses fóruns de participação social serão ponte fundamental do acompanhamento, pela sociedade, da programação das emissoras públicas, para que elas cumpram a missão de oferecer informação gratuita, confiável e de qualidade à população. Na era da desinformação, o direito à comunicação nunca foi tão essencial”, avalia Pedro Rafael.
“Já são quase nove anos do rompimento da participação social aqui na EBC. Agora, após grande mobilização da sociedade civil, retomamos esses fóruns de discussão que são uma premissa da comunicação pública”, afirma o diretor-presidente da EBC, Jean Lima. “Temos uma grande diversidade de pessoas e representações, inclusive territorial. Acho que esse foi um grande avanço que fizemos no processo de participação social aqui na EBC”.
Participação Social na EBC
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) estava há nove anos sem instâncias de participação social. No dia 11 de junho, os comitês foram instaurados representando um marco histórico para a EBC. O antigo Conselho Curador que contava com representantes do governo e da sociedade civil foi extinto em 2016.
A instalação dos comitês do SINPAS ocorreu após o presidente em exercício Geraldo Alckmin publicar, no dia 5 de junho, um decreto designando membros para o COMEP. Os representantes do CPADI foram nomeados em 2024, com a Portaria-Presidente nº 634/2024.
Os membros dos dois comitês foram eleitos em processo eleitoral ocorrido no ano passado e aberto para toda a sociedade civil. Agora, a previsão é que as reuniões aconteçam mensalmente, no caso do COMEP, e trimestralmente no caso da CPADI.
O COMEP tem como objetivo promover a participação da sociedade civil no acompanhamento da aplicação dos princípios do sistema público de radiodifusão, observando a pluralidade da sociedade brasileira.
Já o CPADI é responsável por acompanhar as diretrizes da programação veiculada pelas emissoras de comunicação pública operadas pela EBC, com foco na promoção da participação social, diversidade social, cultural, regional e étnica. Além disso, o comitê visa assegurar a pluralidade de ideias na abordagem dos fatos, estimulando a produção regional e independente, e promovendo conteúdos educativos, artísticos, culturais, científicos e informativos.
Os comitês contam com representantes de emissoras públicas de rádio e televisão; do setor audiovisual independente; dos veículos legislativos de comunicação; da comunidade científica e tecnológica; de entidades de defesa dos direitos de crianças e adolescentes; de entidades da sociedade civil de defesa do direito à comunicação; dos cursos superiores de educação; de organizações gerais da sociedade civil; de emissoras públicas integrantes da RNCP; e dos empregados da EBC. Clique para conhecer todos os membros do COMEP e do CPADI.
Além do CO MEP e CPADI, integram o SINPAS a Ouvidoria e a Assessoria Especial de Participação Social da EBC.
Fonte: https://www.ebc.com.br/
Banda Maria Pretinha divulga agenda de shows de junho com muito samba rock e brasilidade
A banda mineira Maria Pretinha, referência na cena musical de Belo Horizonte, leva aos palcos uma mistura vibrante de brasilidades, samba rock, pop, rock e MPB. Com um repertório que transita entre ritmos dançantes e músicas que celebram a cultura popular brasileira, o grupo promete animar o público em três grandes eventos no mês de junho, todos com o patrocínio da CEMIG.
No dia 1º de junho, a banda se apresenta no CRCP da Lagoa do Nado, dentro da programação do Dia Mundial do Meio Ambiente, reforçando seu compromisso com a cultura e a conscientização ambiental, através da música e da celebração coletiva.
No dia 14 de junho, é a vez de esquentar o clima da tradicional 22ª Festa Junina do Forró da Solidariedade, no Clube CELP, uma noite que une cultura, solidariedade, gastronomia típica e muita música.
Encerrando o mês, no dia 22 de junho, a banda sobe ao palco da Casa de Show Saruê, prometendo uma noite de muita energia, samba rock e brasilidades, em mais uma apresentação que conta com o apoio da CEMIG.
A Maria Pretinha segue reafirmando seu compromisso com a música, a diversidade e a promoção de encontros que transformam e celebram a cultura brasileira.
Formação:
Lylah: vocalista
Cinara Motta: Baixista
Cinthia Motta: guitarrista.
Fu Ribeiro: percussionista
João: baterista
DATAS
01/06/2025 — Dia Mundial do Meio Ambiente
Local: CRCP Lagoa do Nado
Horário: 13h
Patrocínio: CEMIG
14/06/2025 — 22ª Festa Junina do Forró da Solidariedade
Local: Clube CELP
Evento beneficente com renda destinada a ações sociais
Patrocínio: CEMIG
22/06/2025 — Show na Casa de Show Saruê
Local: Casa de Show Saruê
Patrocínio: CEMIG
Versão Resumida / Redes Sociais
Vem aí a Banda Maria Pretinha em junho!
Prepare-se para muita música, brasilidades, samba rock, pop, rock e MPB, com aquele astral que só a Maria Pretinha tem!
Confira a agenda:
01/06 – CRCP Lagoa do Nado (Dia Mundial do Meio Ambiente)
Patrocínio: CEMIG
14/06 – Clube CELP (22ª Festa Junina do Forró da Solidariedade)
Evento beneficente
22/06 – Casa de Show Saruê
Patrocínio: CEMIG
Traga sua energia, seu samba no pé e venha celebrar com a gente!
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Instagram: @mariapretinha.oficial / @horizonteinfoco
Facebook: facebook.com/
Assessoria de Imprensa:
Brenda Marques Pena / Instituto Imersão Latina
Ministério da Cultura do Brasil divulga nota de pesar pela morte do ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica

Mujica dedicou a vida à construção de uma sociedade mais humana e solidária
O Ministério da Cultura manifesta profundo pesar pelo falecimento de José “Pepe” Mujica, ex-presidente do Uruguai, aos 89 anos. Referência mundial em ética na política, simplicidade e compromisso social, Mujica deixa um legado que atravessa fronteiras e inspira gerações em toda a América Latina.
Mujica iniciou sua trajetória política ainda jovem e, ao longo da vida, ocupou diversos cargos públicos. Foi deputado, senador, ministro da Agricultura, Pecuária e Pesca, e presidiu o Uruguai entre 2010 e 2015. Tornou-se conhecido por seu estilo de vida austero ao doar grande parte de seu salário a causas sociais. Essa postura fez dele um símbolo de integridade e de conexão profunda com o povo.
Conforme nota oficial divulgada no site do Itamaraty, Mujica foi grande amigo do Brasil e defensor incansável da integração latino-americana e da cooperação entre os povos, tendo papel de destaque na consolidação de espaços como o Mercosul, a Unasul e a Celac.
No dia 5 de dezembro de 2024, durante viagem oficial a Montevidéu, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva homenageou José “Pepe” Mujica com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul — a mais elevada distinção concedida pelo Brasil a personalidades estrangeiras. Na cerimônia, Lula destacou a admiração que nutre pelo ex-presidente uruguaio, a quem descreveu como “a pessoa mais extraordinária” entre os líderes com quem teve a oportunidade de conviver ao longo de sua trajetória política.
O Ministério da Cultura se une ao povo uruguaio, à família e aos admiradores de Pepe Mujica neste momento de dor em solidariedade.
Exposição de Arte Postal terá abertura hoje na Casa de Jornalista durante o 7º Beagá Psiu Poético
Psiu Poético Beagá 2025, Instituto Imersão Latina – IMEL e The Virtual Museum of Visual Poetry, apresentam a exposição internacional, coletiva e itinerante de Arte Postal Retrato de Artista Quando Hoje, no espaço expositivo da Casa de Jornalista / Sindicato de@s Jornalistas de Beagá. A mostra foi apresentada inicialmente no espaço cultural Influjo, em Mérida no México, passou por Montes Claros (MG) no Centro Cultural Hermes de Paula e agora chega à capital mineira.
A EXPOSIÇÃO
A exposição é composta por cerca de 60 peças em formato de Cartão postal, criadas por artistas de mais de 20 países, com interpretações livres do tema universal dos autorretratos. A curadoria é assinada pelo curador brasileiro Tchello d’Barros. Segundo o curador, a exposição “é uma ação que visa reunir criações artísticas e imagens de diversas origens do nosso planeta, convergindo com o tema das representações de si mesmo, nesse tempo de resistência cultural, baseado no sistema contra-hegemônico da Arte Postal”.
Artistas Participantes
ARGENTINA: ALEJANDRO THORNTON - AMELIA VILCHES - FERNANDA DE BROUSSAIS – LUIS CARLOS JUAREZ – MARÍA ANGÉLICA CARTER MORALES – RAQUEL GOCIOL – VIVIANA ANDRADA | AUSTRALIA: DENIS SMITH | AUSTRIA: PIROSKA HORVÁTH | BELGIUM: LUC FIERENS | BRASIL: ALEX FRECHETTE – DENISE MORAES – GRINGO CARIOCA – HUGO PONTES – IRACEIA DE OLIVEIRA – JOAQUIM BRANCO – MÁRCIA C. CAVALCANTI – TCHELLO D’BARROS – TEREZA YAMASHITA – VILMA LIMA | CHILE: EMILIO LÓPEZ GELCICH | DENMARK: VICTOR VALQUI VIDAL | ESPAÑA: LUIS MARIA LABRADOR – SABELA BAÑA | GERMANY: SUSANNE SCHUMACHER - TOM RIEBE | HUNGARY: JOZSÉF BIRÓ | FINLAND: ANJA MATTILA-TOLVANEN – HENRY GRAHN HERMUNEN | FRANCE: MICHEL DELLAVEDOVA | IRAN: ELHAM HAMEDI | ITALIA: ANGELA CAPORASO – CINZIA FARINA – DANIELA EVANGELISTI – ENZO PATTI – FRANCO PANELLA – GIANGRAZIO VERNA – GRAZIANA GIUNTA – LARA FAVARO – MARGHERITA FERGNACHINO – MAYA LOPEZ MURO – ORONZO LIUZZI – PAOLA BALDASSINI – SERSE LUIGETTI | LATVIA: EMILIA LOSEVA | MÉXICO: SONIA CABAÑAS | ROMANIA: DANA CATONA | RUSSIA: ALEXANDER LIMAREV – DIANA KROSHILOVA – IRINA NOVIKOVA | SANTO DOMINGO: LUIZ MUNOZ | USA: ANIKA GUPTA - JOHN M. BENNET – KAREN “MISSKITTY” MILLER - MAHIMA GUPTA - MICHAEL ANGELO MAYO – REID WOOD – ROSALIE GANCIE | SWITZERLAND: BRUNO SCHLATTER | TAIWAN: EMILY SHIH | TÜRKIYE: TUĞÇE ALBAYRAK | VENEZUELA: CHUCHO MORALES – _GUROGA
Texto Curatorial:
AS MUITAS FACES DA ARTE POSTAL
“Sua caixa postal é a minha galería.”
Nosso tempo segue recebendo boa parte das heranças poéticas e estéticas do conturbado Séc. XX, como as experimentalidades da Poesia Visual, os limites incertos da Arte Conceitual e principalmente os hibridismos entre linguagens artísticas dentro da ideia de “arte em campo expandido”. E, nestes fluxos criativos (que naturalmente incluem o icônico grupo Fluxus) encontra-se a democrática Arte Postal, há sete décadas renovando-se enquanto sistema, absorvendo novas tecnologias e cada vez mais intensa nas abordagens temáticas pelos artistas integrantes dessa rede global.
Desde que a imagem pictórica surgiu nas cavernas, passando pela pintura do Renascimento, os adventos da fotografia, vídeo, arte digital e tantas outras técnicas, que o retrato – e por conseguinte o autorretrato – segue sendo um dos principais leitmotivs de criadores visuais de todas as culturas. No entanto, em nossa contemporaneidade, o fenômeno da popularização das novas tecnologias tem levado a civilização a novos limites com captura e publicação indiscriminada das chamadas selfies. Quase um contraponto a esse movimento, a presente exposição Retrato del artista cuando hoy, apenas pergunta de forma singela: qual seria um possível retrato da geração atual de artistas dedicada à Arte Correo?
Para além da alusão à já clássica obra do universal irlandês James Joyce (A Portrait of the Artist as a Young Man) - talvez o principal estilista da linguagem no recém findado milênio – a proposta encontrou eco na produção autoral de artistas de mais de 20 países, que se dispuseram a enviar suas criações via correio físico para essa exposição no país da autorretratista Frida Kahlo. Talvez esta coleção de figuras nos ajude a conhecer um pouco das facetas da Arte Postal hodierna.
Trata-se então de uma mostra de autorretratos criativos, em diferentes técnicas, em que os artistas apresentam imagens criadas ludicamente, sejam literais ou simbólicas, realistas ou experimentais, metafóricas ou conceituais. As figuras plasmadas em desenhos, gravuras, pinturas, colagens, fotografias, arte digital etc, além de representar as identidades individuais, desdobram-se também em um mosaico que é parte da identidade coletiva desse movimento cada vez mais instigante ao redor do globo.
Apresentar tal série de imagens no já consolidado mas sempre dinâmico sistema da Arte Postal, configura também um desafio às formas hegemônicas de criar, exibir e consumir arte na atualidade. Gema Es (Influjo) e Eduardo Ojeda (Ainox) aceitaram o desafio de produzir esta mostra que nos mostra em diversas técnicas a percepção visual que muitos artistas tem de si mesmo e, nas entrelinhas das imagens, um pouco da face da humanidade.
O poeta João Cabral de Melo Neto (i. m.) nos lembra que: “O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato (…) comeu meu medo da morte”. Cabe ao nosso hoje permitir que o amor, a arte, a poesia devorem nossas identidades, medos e até nosso Zeitgeist, para que possamos, como a Arte Postal, seguir em frente sempre se reinventando.
Tchello d’Barros | Curador
Rio de Janeiro – Brasil
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Serviço:
Inauguração: 17.Mar.2025 durante o 7º Beagá Psiu Poético
Local: Casa de Jornalista / Sindicato d@s jornalistas de MG
Av. Álvares Cabral, 400. Centro. Belo Horizonte (MG) Brasil
Entrada Franca
Agradecimentos: Aroldo Pereira e Carlos Barroso
7º Beagá Psiu Poético: “ASSEMIAS – Mostra Internacional de Escrita Assêmica” integra programação do festival
A exposição ASSEMIAS – Mostra Internacional de Escrita Assêmica, foi realizada inicialmente pelo Grupo de Pesquisa Poéticas em Campo Experimental (PAX), do Programa de Pós-graduação em Artes da Cena (PPGAC), tendo sido exibida no espaço expositivo da Escola de Comunicação Social (ECO). Com obras de 34 de artistas de 19 países, esta foi a primeira exposição coletiva internacional da ainda pouco conhecida modalidade da Escrita Assêmica realizada no Rio de Janeiro. Com curadoria de Tchello d’Barros e produção do Instituto Imersão Latina – IMEL, a mostra agora itinera para Belo Horizonte e estará aberta para visitação, com entrada gratuita, entre os dias 17 e 21 de maio, na Casa de Jornalista, pela programação do festival de arte contemporânea Psiu Poético Beagá 2025.
Artistas Participantes
ALGERIA: ABDELHAQ DJELLAB | ARGENTINA: HILDA PAZ – ROSA GRAVINO | AUSTRALIA: LUCINDA SHERLOCK | BRASIL: ELSON FRÓES - EVANDO NASCIMENTO | CANADA: GRANT GUY – MAY BERY | ESPAÑA: CESAR REGLERO CAMPOS – RAFAEL GONZÁLEZ | FINLAND: KARRI KOKKO | FRANCE: ANDRÉ ROBÈR – CHRISTIAN PINÇON | ISRAEL: MERI KARAKO | ITALIA: ANGELA CAPORASO - ANNALISA RETICO – FRANCO PANELLA – ORONZO LIUZZI | JAPAN: KEIICHI NAKAMURA – MICHAEL KOSTIUK – TOHEI MANO | MÉXICO: JESÚS URBINA RZ - MARA PATRICIA HERNANDEZ | PERÚ: MICHAEL HURTADO | POLAND: MAREK PRZYBYLA – MIRON TEE & BEA TUDOR – PIOTR SZRENIAWSKI | PORTUGAL: FERNANDO AGUIAR | RUSSIA: RENE RIG | UKRAINE: LINA STERN | URUGUAY: JUAN ANGEL ITALIANO | USA: KERRI PULLO – MICHAEL ORR
Texto Curatorial:
A ESCRITA ASSÊMICA COMO POÉTICA NA CONTEMPORANEIDADE
“Ao eliminar informações semânticas, a escrita assêmica
traz à tona conteúdos emocionais e estéticos.”
Tim Gaze
Na história da Comunicação, naquele âmbito em que esta se encontra com as Artes, sempre houveram escribas, tipógrafos, calígrafos, poetas e artistas dedicados às experimentações estéticas com a escrita em si, seja na dimensão simbólica, seja no aspecto formal. Na segunda metade do séc. XX a Poesia Expandida, também nominada de Poesia Experimental, foi ampliando seus limites com, p. ex., a Poesia Visual, os Concretismos e o Poema/Processo. E já no finzinho do milênio, foi se configurando uma nova vertente: a Escrita Assêmica (Asemic Writing). Ainda pouco conhecida no Brasil, essa modalidade híbrida entre texto e imagem vem aos poucos espalhando-se mundo afora com exposições, publicações, estudos acadêmicos e disseminação on-line.
Assemia é um termo por si só pol(iss)êmico que remete tanto a condição de ausência de sentido: “sem conteúdo semântico”, portanto não há qualquer intenção em comunicar enunciados, transmitir informações, dizer o quer que seja para o eventual receptor. Já na área da saúde, a palavra se refere a pessoas que sofrem com a “dificuldade de usar palavras e gestos para se comunicar ou compreender ideias”. Ambos os casos apontam por vias diversas a uma comunicação que não se efetiva no nível racional e simbólico.
Quando Walter Benjamim1 avisou que “não há evento ou coisa que não tenha, de alguma maneira, participação na linguagem, pois é essencial a tudo comunicar seu conteúdo espiritual” (1916), já demonstrava sua preocupação com os rumos da escrita. Isto se confirma duas décadas mais tarde, quando nos informa em seu antológico ensaio A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica1, que “durante séculos, a situação da escrita foi de tal ordem que a um reduzido número de escritores correspondia um número de vários milhares de leitores.” (1936). No entanto, em nossa contemporaneidade a Escrita Assêmica, com suas peças únicas e irrepetíveis, caracteriza-se como um contraponto aos textos gerados por Algoritmos, Inteligências Artificiais e Chatbots.
Mas se tais textos e texturas não pretendem fazer sentido, não quer dizer que não possam gerar sentido ao encontrarem o universo interior de quem vê/lê essas imagens. Propositadamente ilegíveis, constituem-se de palavras, versos e linhas assemânticas, abstrações livres do discurso convencional, caligrafias espontâneas ou digitações aleatórias. Por vezes, encontram-se símbolos de comunicação, caracteres borrados, tipografias experimentais ou codificações que aludem tanto ao rupestre quanto às criptografias cibernéticas. A intenção é privilegiar o gesto orgânico e libertário, com resultados que apenas se pareçam com o que chamamos de escrita.
Porém, pode-se ir além: a observação detalhada, pode acessar a intuição a tal ponto de decifrar o estado de espírito de quem produziu a imagem. Há também um jogo lúdico, uma comunicação silenciosa e invisível, ao tentar apreender o humor do(a) artista no instante em que produziu a obra, já que mudamos constantemente nossas emotividades internas. Assim, a fruição de obras assêmicas pode gerar experiências poéticas, estéticas e emocionais.
Portanto, essa arte de poucas regras mas muitas possibilidades, opõe-se ao consumismo capitalista da cultura de massa em nosso tempo. E, nesta mostra Assemias buscou-se também apresentar alguma diversidade de origens dos artistas bem como certa pluralidade de técnicas, matérias, suportes e mesmo os inevitáveis hibridismos entre linguagens artísticas.
*Tchello d’Barros é Escritor, Artista Visual e Curador.
Pesquisador em Poéticas do Campo Experimental (PAX) no PPGAC/UFRJ
Rio de Janeiro (RJ), Brasil
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Serviço:
Inauguração: 17.Mar.2025
Visitação: até 21.Mar.2025
Local: Casa de Jornalista / Sindicato d@s jornalistas de MG
Av. Álvares Cabral, 400. Centro. Belo Horizonte (MG) Brasil
Entrada Franca