Sarau-Live de Poetas terá pré-lançamento do livro Nós da Poesia Volume 7
A antologia Nós da Poesia está em seu sétimo volume. Nesta quinta-feira tem pré-lançamento no Sarau-Live de Poetas pelo canal do youtube da Francine Poeta.
Editada pelo Instituto Imersão Latina pela editora organizadora @brendamarquespena reúne mais de 50 autores de distintos países. Prestigie! As vendas dos exemplares a R$ 30,00 colaboram com ações emergenciais que o Imel tem realizado neste período da pandemia, principalmente com povos originários.
Dados bancários para depósito ou transferência:
BANCO DO BRASIL
Agência 3014-7
conta-corrente: 135533-3
Instituto Imersão Latina
CNPJ: 11.861.797/0001-38
Envie o comprovante de depósito no valor de R$ 30,00 (trinta reais). com seu endereço para: imersao@imersaolatina.comEm até 15 dias você receberá um livro em sua residência.
Para mais informações sobre o Instituto Imersão Latina, entre em contato por e-mail: imersao@imersaolatina.com ou pelo whatsapp 55 + 31 98811-9469
Revista A Imensa Minoria vai ser lançada hoje às 18h30 na Live Minas Vivas!
Publicação de artes e política é organizada pelo ator Germán Milich Escanellas em parceria com a jornalista Brenda Marques do Instituto Imersão Latina
Além disso, Brenda Marques assina uma reportagem sobre a atuação do grupo “AzDiferentonas”, em reflexão sobre o teatro como instrumento de mobilização política no mandato coletivo e democrático dentro da Gabinetona da Câmara de Belo Horizonte. O texto se conecta com uma matéria do ator Bremmer Guimarães, que repercute os impactos do covid-19 no ensino das artes no Cefart, escola da Fundação Clóvis Salgado, e as ações do movimento Menos Palácio Mais Artes na rede.
A terceira edição d’A Imensa Minoria conta ainda com uma entrevista com a cantora Iaiá Drumond, que fala sobre de que forma a situação de pandemia e quarente na a colocou num novo vínculo com o lançamento do seu primeiro CD, além de uma análise sobre contos clássicos da escritora uruguaia Maria
Luisa de Francesco, que investiga a literatura mundial e latinoamericana sob uma ótica feminista.
Buscando democratizar o acesso à produção acadêmica no país, a revista conta também com os artigos “Economia criativa: o antes e o possível depois da pandemia e a situação do mercado cultural na América do Sul”, da diretora e atriz mineira Michelle Cristina Alves Silva, radicada na USP, em São Paulo, e “A Política Nacional de Alfabetização no governo Bolsonaro: uma afronta à comunidade científica e educacional no Brasil”, do Grupo de Estudo e Pesquisa em Alfabetização da Universidade Federal do Rio Grande (do sul do país).
SOBRE A IMENSA MINORIA
Revista cultural em formato PDF e um conteúdo de extrema qualidade que tem como objetivo ser compartilhada sem barreiras por meio de mensagens instantâneas como WhatsApp, e-mail e messenger. “A Imensa Minoria” também possui como objetivo ser disponibilizada diretamente em sites parceiros dedicados à cultura com a lógica de 1 click = clicou baixou, de forma gratuita.
SOBRE BRENDA MARQUES
BRENDA MAR(QUE)S PENA é uma artista multifacetada: escritora, jornalista, fotógrafa, baterista e performer. Nasceu e vive em BH, onde trabalha na Rede Minas Cultural e Educativa. É fundadora do Instituto Imersão Latina. Diretora da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, em Minas Gerais – AJEB-MG. Autora dos livros: Tsunâmica (Sangre Editorial, 2019) Manos Pulsantes (O Lutador, 2017), DESnaturalizados (Editora Saramandaia, 2016), Poesia Sonora – História e Desdobramentos de uma Vanguarda Poética (Editora Tradição Planalto, 2009), Utopias Possíveis: Imersão Latina: 10 anos (O Lutador, 2015) e organizadora das antologias do coletivo Nós da Poesia, atualmente na 7ª edição.
SOBRE GERMÁN MILICH ESCANELLAS
Germán Milich Escanellas é um artista uruguaio que mora em Belo Horizonte desde 2004. Realizou o Oficinão do Grupo Galpão/Galpão Cine Horto (2004) e foi fundador da Cia Malarrumada de teatro, além de produtor cultural do projeto Manuelzão. Atualmente trabalha na criação de uma ponte entre Uruguai e Minas Gerais para ampliar o campo laboral de artistas.
Foto: Divulgação
Colabore com a Revista A Imensa Minoria
Tá no forno mais uma deliciosa edição! Só que precisamos de gás de quem colabora para finalizar a revista.
A Imensa Minoria é uma revista que se distribui de forma gratuita em formato pdf por WhatsApp, e-mail e messenger. O nosso desejo principal é qualificar a discussão sobre economia cultural.
Neste número teremos:
- O Fantástico Mapa de São Geraldo – Capitulo I – O Aparelho da rua Atacarambu, 120 - Moacir Gomes de Almeida
- Brenda Marques entrevista – 3 anos de AzDiferentonas.
- Iaiá Drumond – “A música é meu oxigênio”.
- A Política Nacional de Alfabetização no governo Bolsonaro: uma afronta à comunidade científica e educacional no Brasil – Grupo de Estudo e Pesquisa em Alfabetização – GEALI da Universidade Federal do Rio Grande – FURG
- Economia criativa: o antes e o possível depois da pandemia e a situação do mercado cultural na América do Sul – Michelle Cristina Alves Silva
- Maldita Cia. – Entre rituais e virtuais
- Teu pai mente para você; A Bela Adormecida – Maria Luisa de Francesco
É possível estudar teatro pela internet? Bremmer Guimarães.
Apoie essa ideia com uma mínima colaboração você pode ajudar a fazer uma grande mudança!
https://benfeitoria.com/aimensaminoria
Apoie povos indígenas que vivem em contexto urbano durante a pandemia
Você sabia que mais de 20 etnias indígenas vivem atualmente na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH)? A principal fonte de subsistência desses povos é a venda de artesanato em feiras de rua. Entretanto, em razão da pandemia, essa atividade precisou ser temporariamente suspensa.
Indígenas na Cidade – apoio COVID-19
Ajude o Comitê Mineiro de Apoio às Causas Indígenas a apoiar as famílias indígenas da RMBH em busca de segurança social e alimentar durante a pandemia.
Nós, indígenas, também estamos na cidade. Somos mais de 20 povos indígenas que vivem em contexto urbano na Região Metropolitana de BH e durante a pandemia nossa situação se agravou.
Hoje, nossa principal forma de subsistência na cidade é a venda de artesanato em feiras de rua. Mas, por conta da pandemia, tivemos que interromper essa atividade para nos protegermos e protegermos nossos irmãos.
Nós, do Comitê Mineiro de Apoio às Causas Indígenas, nos mobilizamos em união nesse momento sensível para apoiar as famílias indígenas em busca de segurança social e alimentar durante a pandemia.
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Quem será atendido?
A campanha busca arrecadar fundos para assistir 100 famílias indígenas, de mais de 20 povos diferentes, que vivem em contexto urbano na capital mineira.
Usaremos todo o dinheiro arrecadado para:
1- Garantir maior segurnaça alimentar principalmente para as mulheres, gestantes e crianças com cestas básicas, leite, materiais de higiene, fraldas, enxovais e equipamentos de proteção.
2- Equipar a casa dos indígenas Warao, grupo de 18 pessoas que chegou em fevereiro à BH, que saiu recentemente da situação de abrigamento temporário.
3- Assegurar o pagamento do aluguel por três meses no mínimo da casa dos artesãos indígenas do sul da Bahia que vivem e trabalham em Belo Horizonte. A casa também é hospedagem para parentes da Bahia que vem para eventos sobre a cultura Indígena.
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Desafios dos Indígenas em contexto urbano:
Temos demandas específicas ao estarmos na cidade. Não temos acesso à terra para plantio, pagamos caro no aluguel, como todo cidadão migrante e periférico. Ainda, não somos acompanhados por nenhuma política pública dos órgãos indigenistas federais, que não incluem os indígenas na cidade. Por isso, também lutamos por políticas públicas definitivas nesse sentido.
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Gratidão!
Contribuindo com essa campanha você, além de somar nessa luta, também incentiva o artesanato indígena. Para doações a partir de 100 reais iremos entregar artesanatos indígenas produzidos por nossos parentes de diferentes etnias como maneira de demonstrar nossa gratidão.
Você também pode adquirir produtos artesanais por meio do instagram do Comitê. Faça parte. Some-se à essa luta e contribua!
(Imagens ilustrativas de alguns dos artesanatos disponíveis para venda nas redes do Comitê. Os artesanatos de gratidão pelas doações irão variar de acordo com a disponibilidade de produtos do Comitê)
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Vidas indígenas importam!
Agradecemos à todes que fortalecem os povos indígenas, em especial em contexto urbano, visto que as políticas genocidas de negação e extermínio de nossa presença, identidades e direitos nas cidades é de uma violência brutal.
Saibam que ofereceram muito mais do que recursos, demonstraram que acreditam que a vida vale mais e venceremos unidos esse momento caótico para a humanidade, mas necessário em que a Mãe Terra precisa respirar.
KATUCAUÁ! TENÙ-AHI! AWÊRY MOEÜTCHIMA
GRATIDÃO!
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Quem Somos?
O Comitê Mineiro de Apoio às Causas Indígenas é uma rede de apoiadores atuante desde 2012 na cidade de Belo Horizonte e RMBH, formada por indígenas e não indígenas. O Comitê reúne povos de mais de 20 etnias do Brasil, Venezuela, Peru e Bolívia.
Instagram: @comitemineiro
Facebook : Comitê Mineiro de apoio as causas indígenas
E- mail: comunicacao.cmaci@gmail.com
Se você quiser doar diretamente para o comitê, nossa conta-corrente é:
Banco do Brasil
Agência 3014-7
Conta corrente : 135533-3
Instituto Imersão Latina
CNPJ : 11.861.797/0001-38
Comitê Mineiro de Apoio às Causas Indígenas.
#gratidao #povosoriginários #povosindígenas #indigenasnacidade #covid_19 #solidariedade
Doe para campanha em apoio aos povos indígenas e ganhe um livro de brinde
Campanhas Covid-2019
Indigenas na cidade.
Colaborem divulgando e apoiando.Doem para campanha! Já adquirimos fraldas descartáveis e alimentação, pagamos os transportes, fizemos doações para familias que perderam entes queridos e também ajudamos em alguns ítens para gestantes. Esta semana também doaremos 100 máscaras de tecido. Compramos cobertores, já que o frio aumentou.
Nessa campanha dos cobertores estamos doando para indígenas da Aldeia Naô Xohã Aldeia destruída pelo Crime da Vale em Brumadinho e também para mais 20 famílias da RMBH, num total de 100 familias indigenas.
Os desafios e necessidades ainda são muitas. Participe você também da campanha de solidariedade aos povos indígenas!
São 100 famílias de várias etnias que precisam de sua solidariedade na Grande Belo Horizonte. Colabore hoje mesmo com qualquer valor que puder.
Quem colaborar com uma valor a partir de R$30,00 ganhará um livro de brinde.
Favor enviar comprovante e endereço de envio do livro para imersao@imersaolatina.com
Dados bancários para depósito ou transferência:
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Agência 3014-7
conta-corrente: 135533-3
Instituto Imersão Latina
CNPJ: 11.861.797/0001-38
É possível apoiar também por meio de cartão de crédito pela plataforma Vakinha. Lá você também vê detalhes da campanha e desafios da arrecadação. https:/www.vakinha.com.br/vaquinha/indigenas-na-cidade-campanha-de-apoio-contra-o-covid-19
Campanha de solidariedade aos povos indígenas. Doe você também!
Apoie os povos indígenas que estão precisando de auxílio em Belo Horizonte. São 41 famílias de várias etnias que precisam de sua solidariedade. Colabore hoje mesmo com qualquer valor que puder.
Quem colaborar com uma valor a partir de R$30,00 ganhará um livro de brinde. Favor enviar comprovante para imersao@imersaolatina.com
Agência 3014-7
CNPJ: 11.861.797/0001-38
#colabore #campanha #indígenas #covid19 #coronavirus #arte #solidariedade
Noite de lançamentos virtuais
Respeitável público participante! Não perca nesta noite o lançamento virtual da Revista A Imensa Minoria, edição especial em homenagem à Marielle Franco e todas as mulheres que fazem arte na vida e da vida uma arte! O editorial e cada entrevista, artigo, poema foi lançado no facebook.com/imersaolatina e também fizemos chamada inaugurando o instagram.com/imersaolatina, mais um canal de comunicação do Instituto Imersão Latina.
Foi produzida em Belo Horizonte pela A Imensa Minoria, o Imersão Latina e o Coletivo Contorno, com colaboradores de algumas partes da América Latina.
Quem quiser receber a revista completa por e-mail ou whatsapp. Escreva para: aimensaminoria@gmail.com.
Leia também aqui.
Fundo de assistência a jornalistas auxiliará mulheres que atuavam em mídia e foram demitidas
Jornalistas mulheres e não binárias que enfrentam dificuldades financeiras podem concorrer a este novo fundo.
A International Women Media’s Foundation (IWMF) está aceitando candidatas para o Fundo de Ajuda ao Jornalismo.
O fundo destina-se a jornalistas que perderam o trabalho, foram recentemente demitidas ou precisam urgentemente de assistência, como assistência para evitar perder a moradia e insegurança alimentar; cuidados médicos agudos e serviços de saúde mental; creche para filhos; e suporte legal.
As jornalistas selecionadas receberão doações de até US$2.000 dólares.
As candidatas não devem ter outra fonte de renda disponível no momento, devem ter trabalhado em período integral como jornalista nos seis meses antes da solicitação de assistência e ser diretamente afetadas pela crise global da saúde.
As solicitações serão analisadas na ordem de chegada.
Clique aqui para: Mais informações e inscrições
Nota de agradecimento do Comitê de Apoio às Causas Indígenas
Nós, do Comitê Mineiro de Apoio às Causas Indígenas, rede de apoiadores atuante desde 2012 na cidade de Belo Horizonte, formada por indígenas e não indígenas.
Agradecemos a todos os apoiadores que responderam ao nosso chamado em cooperar, resguardar e promover a igualdade racial na cidade de Belo Horizonte, assim como de resguardar a assistência social e a segurança alimentar das população indígena em situação urbana no cenário de enfrentamento à pandemia do coronavírus .
Recebemos o retorno da SMASAC (SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E CIDADANIA) que disponibilizou alimentos oriundos do banco de alimentos da PBH e se comprometeu em assegurar esse fornecimento enquanto durar a quarentena.
Agradecemos em especial a Makota Kisandembu, Diretora de Políticas para Igualdade Racial da Prefeitura de Belo Horizonte e Thiago Alves da Costa, Subsecretário de Direito e Cidadania.
Agradecemos ao Instituto Imersão Latina.
Agradecemos a Campanha Espalhe Cestas.
Agradecemos também ás parlamentares da GABINETONA: Andréia de Jesus, Aurea Carolina, Bella Gonçalves e Cida Falabella.
Nossa mais profunda gratidão a cada um cidadão que doou também alimentos, leite e fraldas visto que continuamos em campanha paralela para suprir as necessidades das crianças, que é um grupo bastante grande de nossa gente. Entre em contato.
A todes que fortalecem os povos indígenas, em especial em contexto urbano, visto que as políticas genocidas de negação e extermínio de nossa presença, identidades e direitos nas cidades é de uma violência brutal.
Saibam que ofereceram muito mais do que recursos, demonstraram que acreditam que a vida vale mais e venceremos unidos esse momento caótico para a humanidade, mas necessário em que a Mãe Terra precisa respirar.
KATUCAUÁ!
TENÙ-AHI!
AWÊRY
MOEÜTCHIMA
GRATIDÃO!
Comitê Mineiro de Apoio às Causas Indígenas.
#gratidao
#povosoriginários
#povosindígenas
#indigenasnacidade
#covid_19
#solidariedade
Nota do Comitê Mineiro de Apoio às Causas Indígenas
Nós, do Comitê Mineiro de Apoio às Causas Indígenas, direcionamos essa nota à população de Belo Horizonte e a todos os órgãos, movimentos e instituições que tem o papel de resguardar e promover a igualdade racial na cidade de Belo Horizonte, assim como de resguardar a assistência social e a segurança alimentar das populações mais vulneráveis no cenário de enfrentamento à pandemia do coronavírus, com a finalidade de expor a especial situação de precariedade dos indígenas na cidade.
Atualmente, em Belo Horizonte, a maioria dos parentes residentes possuem como única renda a venda de artesanato e alguns realizam também a prestação de serviços domésticos. A comercialização dos produtos acontece em espaços públicos, principalmente na Feira Hippie e Praça Sete, escolas bem como em eventos diversos.
Parcela dos indígenas que residem em Belo Horizonte são aposentados e outros estudantes da UFMG, em trânsito na capital, já retornaram às suas aldeias assim que as aulas foram suspensas.
Entretanto, dos indígenas que permaneceram na cidade, contabilizamos 16 (dezesseis) grupos de famílias de 12 (doze) etnias diferentes, oriundos de 4 (quatro) países da América Latina. Tais famílias totalizam 45 (quarenta e cinco) pessoas que estão sem geração de renda. Somada à precária situação de não poderem comercializar seus artesanatos que lhe garantem a sobrevivência; há ainda o caso dos parentes venezuelanos Warao que permanecem provisoriamente no abrigo São Paulo, também em uma situação de grande vulnerabilidade social.
Nesse sentido, estamos diante de um impasse que precisa ser tratado com a máxima prioridade pelo Poder Público junto com as instituições de defesa dos povos originários: a presença Indígena na cidade.
Nós nos entendemos como luz, como presença criadora, como solução especialmente para os problemas que nos assolam no atual cenário mundial, resultado de um desrespeito pela mãe terra e exploração sem fins dos recursos naturais pelo homem branco e não devemos ser tratados como um problema. Assim, o desafio é a cidade entender esse lugar de preexistência e o direito de estar na cidade mediante um país e um continente inteiro que nos pertenceu e foi roubado para a invenção do Brasil.
Desta forma, é necessário fomentar, em caráter emergencial, medidas reparadoras que viabilizem nosso modo de viver na cidade, onde trazemos a história de resistência desde a invasão e a permanente guerra que vivemos, guerra esta que sempre evitamos.
Nós hoje nos organizamos para acessar os órgãos públicos e também a sociedade civil com relação à preeminência de resguardar nossas vidas, uma vez que a migração é um direito que para nós, povos indígenas, é tão comum que se os invasores não fossem tão gananciosos teríamos compartilhado nossos bens, comprado, feito trocas, como sempre o fizemos por milênios com tantos povos que já haviam chegado à costa brasileira. Mas sabemos como a história se deu.
Hoje, empobrecidos, os que estão na cidade não contam com o apoio da rede de proteção da FUNAI e tampouco das principais organizações indígenas do país que tem focado seu trabalho quase que exclusivamente nos indígenas aldeados, apesar da população indígena na cidade ser significativa e crescente.
No Brasil, os dados mais recentes do Censo de 2010 indicam que a população indígena atingiu 817,9 mil pessoas. Desse total, 36,2% residiam na área urbana e 63,8% na área rural. Belo Horizonte possui parte desses 36% da população indígena do Brasil, um número bastante expressivo para ser ignorado. Além disso, os indígenas migrantes também não são assistidos, com a justificativa de que a FUNAI só trabalha com indígenas brasileiros. Nós não aceitamos essas
barreiras, uma vez que nossa forma de organização ancestral não é regulada por barreiras geográficas e sim por pertencimento à raiz pré- colombiana.
Certos de contar com apoio da população e das instituições públicas e privadas que atuam em defesa das comunidades tradicionais, subscrevemos essa nota e aguardamos um posicionamento acerca das medidas para resolução da situação vulnerável aos quais os indígenas estão expostos.
Comitê Mineiro de Apoio às Causas Indígenas.